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SERMÃO 5

A Bênção da Plena Certeza

1 João 5:13
"Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus." – 1 João 5:13

João escreveu aos crentes - "Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus." É digno de nota que todas as epístolas são assim escritas. Elas não são cartas para todo mundo, são cartas para aqueles que são chamados para ser santos. Deveria impressionar alguns de vocês com temor quando abrem a Bíblia e pensam quão grande parte dela não é dirigida a vocês. Vocês podem lê-la, e o Espírito Santo de Deus pode graciosamente abençoá-la para vocês, mas ela não é dirigida a vocês. Vocês estão lendo a carta de outro homem: agradeçam a Deus que são permitidos a lê-la, mas anseiem ser contados entre aqueles a quem ela é dirigida. Agradeçam a Deus muito mais se qualquer parte dela devesse ser usada pelo Espírito Santo para sua salvação. O fato de que o Espírito Santo fala às igrejas e aos crentes em Cristo deveria fazer-vos dobrar o joelho e clamar a Deus para vos colocar entre os filhos, para que este Livro possa tornar-se vosso Livro do princípio ao fim, para que possais ler suas preciosas promessas como feitas a vocês. Este pensamento solene pode não ter impressionado alguns de vocês: deixem-no impressionar-vos agora.

Não nos admiramos que certos homens não recebam as epístolas, pois elas não foram escritas para eles. Por que deveriam criticar palavras que são dirigidas a homens de outro tipo diferente deles mesmos? Ainda assim não nos maravilhamos, pois sabíamos que seria assim. Aqui está um testamento, e vocês começam a lê-lo; mas não o acham interessante: está cheio de palavras e termos que não se dão ao trabalho de entender, porque não têm relação convosco; mas se, ao ler aquele testamento, deparassem com uma cláusula na qual uma propriedade é deixada para vocês, garanto que a natureza de todo o documento pareceria mudada para vocês. Estariam ansiosos agora para entender os termos, e certificar-se das cláusulas, e até mesmo desejariam lembrar-se de cada palavra da cláusula que se refere a vocês mesmos. Ó queridos amigos, possam vocês ler o Testamento de nosso Senhor Jesus Cristo como um testamento de amor para vocês mesmos, e então o estimarão acima de todos os escritos dos sábios.

Isto me leva a fazer a segunda observação, que como estas coisas são escritas aos crentes, os crentes deveriam especialmente familiarizar-se com elas, e investigar seu significado e intenção. João diz: "Estas coisas vos escrevi a vós que credes no nome do Filho de Deus." Não negligenciem, suplico-vos, ler o que o Espírito Santo teve o cuidado de escrever a vocês. Não é meramente João que escreve. João é inspirado pelo Senhor, e estas coisas são escritas a vocês pelo Espírito de Deus. Deem séria atenção a cada única palavra do que Deus enviou como sua própria epístola aos vossos corações. Valorizem as Escrituras. Lutero disse que "ele não estaria no paraíso, se pudesse, sem a Palavra do Senhor; mas com a Palavra ele poderia viver no próprio inferno." Ele disse em outra ocasião que "não tomaria todo o mundo por uma folha da Bíblia." As Escrituras são tudo para o cristão - sua comida e sua bebida. O santo pode dizer: "Ó quanto amo a tua lei!" Se não podemos dizer assim, algo está errado conosco. Se perdemos nosso gosto pela Santa Escritura, estamos fora de condição, e necessitamos orar pela saúde espiritual.

Isto é muito do pórtico de meu sermão, entremos agora mais plenamente em nosso assunto, notando, primeiro, que João escreveu com um propósito especial; e então prosseguindo para afirmar, em segundo lugar, que este propósito devemos seguir.

I. Primeiro, JOÃO ESCREVEU COM UM PROPÓSITO ESPECIAL

Os homens não escrevem bem a menos que tenham algum fim ao escrever. Sentar-se com papel e tinta diante de si, e tanto espaço para preencher, assegurará muito pobre escrita. João sabia o que estava fazendo. Sua intenção e objetivo eram claros para sua própria mente, e ele nos diz quais eram.

Segundo o texto, o amado apóstolo tinha um propósito claro que se ramificava em três.

Para começar, João escreveu para que pudéssemos desfrutar da plena certeza de nossa salvação. "Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna."

Muitos que creem no nome de Jesus não estão certos de que têm vida eterna; apenas esperam assim. Ocasionalmente têm certeza, mas a alegria não é permanente. São como um ministro de quem ouvi falar, que disse que se sentia certo de sua salvação, "exceto quando o vento estava a leste." É uma coisa miserável estar tão sujeito às circunstâncias como muitos estão. O que é verdade quando o vento está no sul suave ou no oeste revitalizante é igualmente verdade quando o vento não é bom nem para homem nem para animal. João não teria nossa certeza variando com o barômetro, nem girando com o cata-vento. Ele diz: "Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna." Ele nos teria certos de que somos participantes da nova vida, e assim sabê-lo de modo a colher o fruto dourado de tal conhecimento, e ser cheios de alegria e paz através do crer.

Falo afetuosamente aos mais fracos, que ainda não podem dizer que sabem que creram. Não falo para vossa condenação, mas para vossa consolação. Plena certeza não é essencial à salvação, mas é essencial à satisfação. Possam vocês obtê-la - possam obtê-la imediatamente; de qualquer modo possam nunca estar satisfeitos em viver sem ela. Vocês podem ter plena certeza. Podem tê-la sem revelações pessoais: é operada em nós pela Palavra de Deus. Estas coisas são escritas para que possam tê-la; e podemos estar certos de que os meios usados pelo Espírito são iguais ao efeito que ele deseja. Sob a orientação do Espírito de Deus, João escreveu de tal modo a alcançar seu fim ao escrever. O que, então, ele escreveu com o desígnio de nos fazer saber que temos vida eterna? Passem por toda a Epístola, e verão que tudo pressiona naquela direção; mas não teremos neste presente tempo para fazer mais que dar uma olhada através deste capítulo.

Ele começa assim: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus." Vocês creem que Jesus é o ungido de Deus? É ele assim para vocês? É ele ungido como vosso profeta, sacerdote e rei? Perceberam sua unção de modo a pôr vossa confiança nele? Recebem Jesus como nomeado de Deus para ser o Mediador, a Propiciação pelo pecado, o Salvador dos homens? Se assim é, vocês são nascidos de Deus. "Como posso saber isto?" Irmãos, nossa evidência é o testemunho do próprio Deus como aqui registrado. Não necessitamos de outra testemunha. Suponham que um anjo lhes dissesse que são nascidos de Deus, seria aquilo um testemunho mais certo que a Escritura infalível? Se creem que Jesus é o Cristo, vocês são nascidos de Deus. João declarou assim positivamente a verdade, para que possam saber que têm vida eterna. Pode algo ser mais claro que isto?

O espírito amoroso de João o leva a dizer: "Todo aquele que ama aquele que gerou, ama também ao que dele é gerado." Vocês amam a Deus? Amam seu Filho Unigênito? Podem responder essas duas perguntas certamente. Conheci uma querida mulher cristã que às vezes diria: "Sei que amo Jesus; mas meu temor é que ele não me ama." Sua dúvida costumava me fazer sorrir, pois nunca me poderia ter ocorrido. Se eu o amo, sei que é porque ele me amou primeiro. Amor a Deus em nós é sempre a obra do amor de Deus para conosco. Jesus nos amou, e se deu por nós, e portanto nós o amamos em retorno. Amor a Jesus é um efeito que prova a existência de sua causa. Vocês amam Jesus? Sentem deleite nele? É seu nome como música ao vosso ouvido, e mel à vossa boca? Amam ouvir que ele seja exaltado? Ah, queridos amigos! Sei que para muitos de vocês um sermão cheio de seu querido nome é como um banquete real; e se não há Cristo num discurso, é vazio, e vão, e nulo para vocês. Não é assim? Se de fato amam aquele que gerou e aquele que é gerado dele, então esta é uma das coisas que é escrita "para que saibais que tendes a vida eterna."

João prossegue para dar outra evidência: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus, e guardamos os seus mandamentos." Vocês amam a Deus? e amam seus filhos? Ouçam outra palavra do mesmo apóstolo: "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos." Isso pode parecer ser uma evidência muito pequena; mas posso assegurar-vos que tem sido frequentemente um grande conforto para minha alma. Sei que amo os irmãos: posso dizer ao meu Senhor:

"Há um cordeiro entre teu rebanho
Que eu desdenharia alimentar?"

Alegremente consolaria e confortaria o menor de seu povo. Bem, então, se amo os irmãos, amo o Irmão Mais Velho. Se amo os bebês, amo o Pai; e sei que passei da morte para a vida. Irmãos, levem esta evidência para casa em toda sua força. É conclusiva: João disse: "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos"; e ele não teria falado tão positivamente se não fosse mesmo assim. Irmãos, nunca se contentem com consolos sentimentais; ponham vossos pés firmemente sobre a rocha do fato e da verdade. Verdadeira certeza cristã não é uma questão de conjectura, mas de precisão matemática. É capaz de prova lógica, e não é rapsodia ou ficção poética. Somos ditos pelo Espírito Santo que, se amamos os irmãos, passamos da morte para a vida. Vocês podem dizer se amam os irmãos, como tais, pelo amor de seu Mestre, e pelo amor da verdade que está neles; e se podem verdadeiramente dizer que assim os amam, então podem saber que têm vida eterna.

Nosso apóstolo nos dá esta evidência adicional: "Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos." Obediência é o grande teste do amor. Se estão vivendo segundo vossa própria vontade, e não prestam homenagem a Deus, não são dele. Se nunca pensam no Senhor Jesus como vosso Mestre, e nunca reconhecem as reivindicações de Deus, e nunca desejam ser obedientes à sua vontade, não estão em posse da vida eterna. Se desejam ser obedientes, e provam aquele desejo por vossas ações, então têm a vida divina dentro de vocês. Julguem-se a si mesmos. É o teor de vossa vida obediência ou desobediência? Pelo fruto podem testar a raiz e a seiva.

Mas notem, que esta obediência deve ser alegre e disposta. Sem dúvida alguns por um tempo obedecem aos mandamentos de Deus sem vontade. Não gostam deles, embora se curvem a eles. Eles se agitam e murmuram por causa das restrições da piedade; e isto prova que são hipócritas. O que desejam fazer praticamente estão fazendo aos olhos de Deus. Se pudesse haver tal coisa como santidade forçada sobre um homem, seria impiedade. Ó meu ouvinte, pode ser que não possam cair numa certa linha de pecado; mas se pudessem, o fariam: vossos desejos mostram o que realmente são. Ouvi de pessoas cristãs, assim chamadas, indo a diversões pecaminosas, apenas, como dizem, para desfrutar um pouco de prazer. Ah bem, vemos onde estão! Onde está vosso prazer, ali está vosso coração. Se desfrutam dos prazeres do mundo, são do mundo, e com o mundo serão condenados. Se os mandamentos de Deus são penosos para vocês, então são rebeldes no coração. Súditos leais se deleitam na lei real. "Os seus mandamentos não são penosos." Disse a alguém que veio unir-se à igreja no outro dia: "Suponho que não és perfeito"? e a resposta foi: "Não, senhor, eu gostaria que pudesse ser." Eu disse: "E suponha que fosses"? "Oh, então," ela disse, "isso seria céu para mim." Assim seria para mim. Nós nos deleitamos na lei de Deus segundo o homem interior. Oh, que pudéssemos obedecer perfeitamente em pensamento, e palavra, e ação! Esta é nossa visão do céu. Assim cantamos sobre ele:

"Lá veremos sua face,
E nunca, nunca pecar;
Lá dos rios de sua graça
Beber prazeres infinitos."

Dificilmente pediríamos para sermos livres da tristeza, se pudéssemos ser livres do pecado. Carregaríamos qualquer fardo alegremente se pudéssemos viver sem mancha, também estaremos sem pesar. Seus mandamentos não são penosos, mas são caminhos de prazer e paz para nós. Sentem que amam os caminhos de Deus, que desejam santidade, e a seguem alegremente? Então, queridos amigos, vocês têm vida eterna, e estas são as evidências certas dela. Obediência, santidade, deleite em Deus nunca entraram num coração humano exceto de uma mão celestial. Onde quer que sejam encontrados provam que o Senhor implantou vida eterna, pois são preciosos demais para serem enterrados numa alma morta.

João então procede a mencionar três testemunhas. Agora, queridos ouvintes, vocês sabem algo sobre estas três testemunhas? "E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num." Vocês conhecem "o Espírito"? O Espírito de Deus os vivificou, mudou, iluminou, santificou? O Espírito de Deus habita em vocês? Sentem seus impulsos sagrados? É ele a essência da nova vida dentro de vocês? Vocês o conhecem como os vestindo com sua luz e poder? Se assim é, vocês estão vivos para Deus. Em seguida, vocês conhecem "a água," o poder purificador da morte de Cristo? O Senhor crucificado crucifica vossos pecados? A água é aplicada a vocês para remover o poder do pecado? Vocês agora anseiam aperfeiçoar santidade no temor de Deus? Isto prova que têm vida eterna. Vocês também conhecem "o sangue"? Esta é uma era miserável, na qual os homens pensam pouco do sangue precioso. Meu coração tem estado quase quebrado, e minha própria carne tem estado enfraquecida, quando tenho pensado sobre as coisas horríveis que têm sido faladas ultimamente sobre o sangue precioso por homens chamados ministros cristãos. "Ó minha alma, não entres em seu segredo; ó minha honra, não te unas à sua assembleia." Amados amigos, vocês conhecem o poder do sangue para tirar o pecado, o poder do sangue para falar paz à consciência, o poder do sangue para dar acesso ao trono da graça? Vocês conhecem o poder vivificador, restaurador, alegrador do sangue precioso de Cristo que é apresentado na Ceia do Senhor pelo fruto da videira? Então na boca destas três testemunhas o fato de terem vida eterna será plenamente estabelecido. Se o Espírito de Deus está em vocês, ele é o penhor de vossa herança eterna. Se a água os lavou, então são do Senhor. Jesus disse a Pedro: "Se eu te não lavar, não tens parte comigo." Mas vós sois lavados, e portanto do Senhor. Se o sangue precioso os limpou da culpa do pecado, vocês sabem que também os comprou da morte, e é para vocês a garantia da vida eterna. Oro para que possam a partir deste momento desfrutar da luz combinada destas três lâmpadas de Deus - "o Espírito, e a água, e o sangue," e assim ter plena certeza da fé.

Uma coisa mais eu notaria. Leiam o nono versículo: o apóstolo põe nossa fé e certeza sobre o fundamento de que recebemos "o testemunho de Deus." Se creio que estou salvo por causa disto, aquilo, e o outro, posso estar enganado: o único fundamento seguro é "o testemunho de Deus." O coração mais íntimo da fé cristã é que tomamos Deus em sua palavra; e devemos aceitar aquela palavra, não por causa das probabilidades de suas declarações, nem por causa da evidência confirmatória da ciência e filosofia, mas simples e unicamente porque o Senhor a falou. Muitos cristãos professos ficam tristemente aquém deste ponto. Ousam julgar a Palavra em vez de curvar-se diante dela. Não se assentam aos pés do Mestre, mas se tornam doutores eles mesmos. Agradeço a Deus que creio em tudo que Deus falou, seja eu capaz de ver sua razão ou não. Para mim o fato de que a boca de Deus a falou fica no lugar de todo argumento, seja a favor ou contra. Se Jeová diz assim, assim é. Vocês aceitam o testemunho de Deus? Se não, fizeram-no mentiroso, e a verdade não está em vocês; mas se receberam "o testemunho de Deus," então este é seu testemunho, que "Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho." Digo novamente, se vossa fé se firma na sabedoria dos homens, e se baseia na esperteza de um pregador, ela falhará com vocês; mas se se firma na Palavra certa do Senhor permanecerá para sempre, e isto pode ser para vocês um sinal especial de que têm vida eterna. Disse suficiente sobre este assunto; oh que Deus possa abençoá-lo para vocês! Possamos ser capacitados, do que João escreveu, a reunir sem dúvida que temos a vida de Deus dentro de nossas almas.

Além disso, João escreveu para que pudéssemos saber que nossa vida espiritual é eterna. Por favor notem isto, pois há alguns dos filhos de Deus que ainda não aprenderam esta lição consoladora. A vida de Deus na alma não é transitória, mas permanente; não temporária mas eterna. Alguns pensam que a vida de Deus na alma do crente pode morrer; mas como, então, poderia ser eterna? Se morrer não é vida eterna. Se for vida eterna não pode morrer. Sei que enganadores modernos negam que eterno signifique eterno, mas vocês e eu não aprendemos seu modo de esvaziar os significados das palavras que o Espírito Santo usa. Cremos que "eterno" significa sem fim, e que se tenho vida eterna, viverei eternamente. Irmãos, o Senhor nos faria saber que temos vida eterna.

Aprendam, então, a doutrina da eternidade da vida dada no novo nascimento. Deve ser vida eterna, porque é "a vida de Deus." Somos nascidos de novo do Espírito de Deus por uma semente viva e incorruptível, que vive e permanece para sempre. Somos ditos ser "feitos participantes da natureza divina." Certamente, isto significa, entre outras coisas, que recebemos uma vida que não morre; pois imortalidade é da essência da Vida de Deus. Seu nome é "EU SOU O QUE SOU." Ele tem vida em si mesmo, e o Filho tem vida em si mesmo, e desta vida somos receptores. Este foi seu propósito concernente a seu Filho, que ele pudesse dar vida eterna a tantos quantos o Pai lhe tinha dado. Se é a vida de Deus que está num crente - e certamente é, pois ele nos gerou novamente - então aquela vida deve ser eterna. Como filhos de Deus, participamos de sua vida, e como herdeiros de Deus, herdamos sua eternidade. "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste."

Amados, nosso Senhor Jesus Cristo chama a vida de seu povo vida eterna. Quão frequentemente cito este texto! Parece estar na ponta de minha língua: "Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão." E novamente: "Aquele que crê nele tem a vida eterna." Não é vida temporária, não vida que num certo período deve envelhecer e morrer, mas vida eterna. "Mas a água que eu lhe der será nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." Esta é a vida de Cristo dentro da alma. "Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus." "Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim." "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória." Se nossa vida é a vida de Cristo, não morreremos até que Cristo morra. Se nossa vida está escondida nele, nunca será descoberta e destruída até que o próprio Cristo seja destruído. Descansemos nisto.

Marquem novamente como nosso Senhor o pôs: "Porque eu vivo, vós também vivereis." Enquanto, então, Jesus viver, seu povo deve viver, pois o argumento sempre será o mesmo: "Porque eu vivo, vós também vivereis." Somos tão um com Cristo que enquanto a cabeça vive os membros não podem morrer. Somos tão um com Cristo que o desafio é dado: "Quem nos separará do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor?" Uma lista é acrescentada de coisas que podem ser supostas separar, mas somos ditos que não podem fazê-lo, pois "em todas estas coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou." Não está claro, então, que somos vivificados com uma vida tão celestial e divina que nunca podemos morrer? João nos diz neste mesmo capítulo: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca." Ele não volta ao seu velho pecado, ele não vem novamente sob o domínio do pecado; mas, "aquele que é gerado de Deus guarda-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca."

Amados, suplico-vos que mantenham um aperto firme e duro desta bendita doutrina da perseverança dos santos. Quão ardentemente anseio "que saibais que tendes a vida eterna"! Para longe com vossa doutrina de estar vivo em Cristo hoje e morto amanhã. Pobre, miserável doutrina essa! Apeguem-se à salvação eterna através do pacto eterno levado a cabo pelo amor eterno para a vida eterna; pois o Espírito de Deus escreveu estas coisas a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna.

Mais uma vez, segundo o Texto Autorizado, embora não segundo a Versão Revisada, João desejou o aumento e confirmação de sua fé. Ele diz: "Para que creiais no nome do Filho de Deus." João escreveu àqueles que creram, para que pudessem crer num sentido mais enfático. Como nosso Salvador veio não apenas para que pudéssemos ter vida, mas para que a tivéssemos mais abundantemente, assim João escreve, para que tendo fé pudéssemos ter mais dela. Venham amados, ouçam por um momento a isto! Vocês têm o leite da fé, mas Deus quer que tenham este creme da certeza! Ele aumentaria vossa fé. Possam vocês crer mais extensivamente. Talvez não creiam em toda a verdade, porque ainda não a perceberam. Havia membros da igreja de Corinto que não tinham crido na ressurreição dos mortos, e havia gálatas que eram muito nublados sobre justificação pela fé. Muitos homens cristãos são estreitos no alcance de sua fé por ignorância da mente do Senhor. Como certas tribos de Israel, conquistaram um território escasso ainda, embora toda a terra seja deles de Dã a Berseba. João nos faria empurrar nossas cercas, e aumentar o recinto de nossa fé. Creamos em tudo que Deus revelou, pois cada verdade é preciosa e praticamente útil. Talvez vossa crença doutrinária tenha sido pobre e magra. Oh que o Senhor transformasse a água em vinho! Muitos de vocês vivem de leite, e ainda assim vossos anos os qualificam para se alimentar de carne. Por que manter a dieta dos bebês? Vós que credes sois exortados a "entrar e sair, e achar pastagem"; vaguear através de toda a revelação de Deus.

Será bom para vocês se vossa fé também aumentar intensivamente. Oh que possam crer mais plenamente no que creem! Necessitamos de percepção mais profunda e convicção mais firme. Ainda não cremos pela metade, nenhum de nós. Muitos de vocês apenas roçam as poças da verdade. Bendita é a asa que roça a superfície do rio da vida; mas infinitamente mais bendito é mergulhar nas profundezas dele. Este é o desejo de João para vocês, que creriam com todo vosso coração, e alma, e força.

Ele os faria crer mais constantemente, para que possam dizer: "O meu coração está firme, ó Deus, o meu coração está firme: cantarei e darei louvores." Nem sempre é assim conosco. Às vezes somos covardes. Fazemos o homem hoje, e o rato amanhã. Senhor, tem misericórdia de nós: somos um povo inconsistente, inconstante como o vento. O Senhor nos faria permanecer sempre nele com confiança forte e poderosa, sendo enraizados e edificados nele.

Ele nos faria confiar corajosamente. Alguns podem crer de modo pequeno sobre coisas pequenas. Oh por uma confiança sem limites no Deus infinito! Necessitamos mais de uma fé aventureira: a fé para fazer e ousar. Frequentemente vemos o caminho do poder, mas não temos a fé que seria igual a ele. Vejam Pedro andando sobre o mar! Não aconselho qualquer de vocês a tentá-lo, nem nosso Senhor aconselhou Pedro a fazê-lo: fazemos bem o suficiente se andarmos retamente em terra. Mas quando Pedro tinha uma vez dado alguns passos sobre o mar, deveria ter sabido que seu Senhor poderia ajudá-lo todo o resto do caminho; mas ai! Sua fé falhou, e ele começou a afundar. Ele poderia ter andado todo o caminho até Jesus se tivesse crido direito. Assim é conosco: nossa fé é boa o suficiente para um impulso, mas falta-lhe poder de permanência. Oh, que Deus nos dê crer, para que possamos não apenas tropeçar sobre uma onda ou duas, mas andar sobre a água até o fim! Se o Senhor vos ordena, podeis passar pelo fogo e não ser queimados, através das enchentes e não ser afogados. Tal fé destemida, descuidada, conquistadora que o Senhor opere em nós!

Necessitamos também ter nossa fé aumentada no sentido de tornar-se mais prática. Algumas pessoas têm uma fé nova e fina, tão bonita quanto o atiçador brilhante na sala, e tão inútil. Queremos uma fé de todo dia, não para olhar, mas para usar. Irmãos e irmãs, necessitamos fé para a cozinha e a despensa, bem como para a sala de visitas e o conservatório. Necessitamos fé de oficina, bem como fé de reunião de oração. Necessitamos fé quanto às coisas comuns da vida, e às coisas provadoras da morte. Poderíamos viver com menos tinta se tivéssemos mais poder. Necessitamos menos verniz e mais veracidade. Deus lhes dê que possam crer no nome do Filho de Deus com uma fé sólida e de senso comum, que será encontrada vestível, e lavável, e operável através da vida.

Necessitamos crer mais alegremente. Oh que coisa bendita é quando vocês alcançam o descanso e alegria da fé! Se verdadeiramente crermos na promessa de Deus, e descansarmos no cumprimento certo do Senhor dela, poderíamos ser tão felizes quanto os anjos. Noto quão muito cedo de manhã como os pássaros começam a cantar: antes de o sol subir ou mesmo os primeiros tons cinzentos da luz matinal serem visíveis, os pequenos cantores estão acordados e cantando. Muito frequentemente nos recusamos a cantar até que o sol esteja mais que levantado, e o meio-dia esteja próximo. Vergonha sobre nós! Nunca confiaremos em nosso Deus? Nunca o louvaremos por favores vindouros? Oh por uma fé que possa cantar através da noite e através do inverno! Fé que pode viver numa promessa é a fé dos eleitos de Deus. Nunca desfrutarão céu embaixo até que creiam sem vacilar. O Senhor lhes dê tal fé.

II. O PROPÓSITO QUE JOÃO TINHA EM SUA MENTE DEVEMOS SEGUIR

Assim passei por meu primeiro ponto, e tomei quase todo o tempo. Devo agora chegar ao impulso da lança, como os velhos soldados costumavam dizer. Devemos levar nosso ensino para casa. O PROPÓSITO QUE JOÃO TINHA EM SUA MENTE DEVEMOS SEGUIR. Se ele desejou que soubéssemos que temos vida eterna, irmãos e irmãs, tentemos sabê-lo. A Palavra de Deus foi escrita para este propósito; usemo-la para seu fim próprio. Todo este Escrituras foram escritas para que "pudéssemos crer que Jesus é o Cristo, e que crendo pudéssemos ter vida através de seu nome." Este Livro é escrito a vocês que creem, para que possam saber que creem. Sofrerão que vossas Bíblias sejam um fracasso para vocês? Viverão em questionamento e dúvida perpétuos? Se assim for, o Livro perdeu seu alvo para vocês. A Bíblia é enviada para que possam ter plena certeza de vossa posse da vida eterna; não sonhem, portanto, que será presunçoso de vossa parte aspirar a ela. Nossa consciência nos diz que devemos buscar plena certeza de salvação. Não pode estar certo para nós sermos filhos de Deus, e não conhecer nosso próprio Pai. Como podemos ajoelhar-nos e dizer: "Pai nosso que estás nos céus," quando não sabemos se ele é nosso Pai ou não? Não tenderá uma vida de dúvida a ser uma vida de falsidade? Podemos não estar usando linguagem que não é verdadeira para nossa consciência? Podem cantar hinos alegres que temem não serem verdadeiros para vocês? Unir-se-ão em adoração quando vosso coração não sabe que Deus é vosso Deus? Até que o espírito de adoção os capacite a clamar: "Aba, Pai," onde está vosso amor a Deus? Podem descansar? Ousam descansar, enquanto é uma questão se estão salvos ou não? Podem ir para casa para vosso jantar hoje e desfrutar vossa refeição, enquanto há uma questão sobre a vida eterna de vossa alma? Oh, não sejam tão temerários a ponto de correr riscos naquele assunto! Oro-vos, façam obra segura para a eternidade. Se deixarem qualquer coisa na incerteza, que ela concerna vosso corpo ou propriedade, mas não vossa alma. A consciência vos ordena buscar saber que tendes vida eterna, pois sem este conhecimento muitos deveres serão impossíveis de execução. Muitas Escrituras que não posso citar esta manhã vos estimulam a este dever. Não sois ordenados a fazer firme vossa vocação e eleição? Não sois mil vezes exortados a vos regozijar no Senhor, e dar graças continuamente? Mas como podem regozijar-se, se a suspeita sombria vos assombra, que talvez, afinal, não tenham a vida de Deus? Devem resolver esta questão, ou não podem descansar no Senhor, e esperar pacientemente por ele. Venham, irmãos e irmãs, suplico-vos, como seguiriam a Escritura, e obedeceriam aos preceitos do Senhor, obtenham a certeza sem a qual não podem obedecê-los.

Ouçam, ao encerrar, a esta massa de razões por que cada crente deveria buscar saber que tem vida eterna. Aqui estão elas. Certeza de vossa salvação vos trará "a paz de Deus, que excede todo o entendimento." Se sabem que estão salvos, podem sentar-se na pobreza, ou na doença, ou sob calúnia, e sentir-se perfeitamente contentes. Plena certeza é o Koh-i-noor entre as joias com as quais o Noivo celestial adorna sua esposa. Certeza é uma montanha de especiarias, uma terra que flui com leite e mel. Ser o possuidor certo da vida eterna é encontrar um paraíso sob as estrelas, onde as montanhas e as colinas prorrompem diante de vocês em cânticos.

Plena certeza às vezes transbordará em cataratas de deleite. Paz flui como um rio, e aqui e ali salta em cascatas de alegria extática. Há estações quando a planta da paz está em flor, e então derrama um perfume como de mirra e cássia. Oh, a bem-aventurança do homem que sabe que tem vida eterna! Às vezes em nosso quarto sozinho, quando temos estado desfrutando esta certeza, temos rido abertamente, pois não podíamos evitá-lo. Se alguém tivesse se perguntado por que um homem estava rindo sozinho, poderíamos ter explicado que não era nada ridículo que nos tinha tocado, mas nossa boca estava cheia de riso porque o Senhor tinha feito grandes coisas por nós, das quais estávamos alegres. Aquela religião que não põe doces na mesa é uma governanta mesquinha. Não me admiro que algumas pessoas desistam de sua religião faminta: dificilmente vale a pena manter. O filho de Deus que sabe que tem vida eterna vai à escola, mas tem muitos feriados; e ele antecipa aquele dia de ida para casa quando verá a face de seu Amado para sempre.

Irmãos, plena certeza nos dará o resultado completo do evangelho. O evangelho deveria nos fazer santos; e assim fará quando estivermos em posse completa dele. O evangelho deveria nos fazer separados do mundo, o evangelho deveria nos fazer levar uma vida celestial aqui embaixo; e assim fará se bebermos goles profundos dele; mas se tomarmos apenas um gole dele de vez em quando, não lhe damos chance de operar seu desígnio em nós. Não recem sobre a margem da água da vida, mas primeiro entrem até os joelhos, e então apressem-se a mergulhar nas águas para nadar. Cuidado com contentamento com graça superficial. Provem o que a graça de Deus pode fazer por vocês entregando-se ao seu poder.

Plena certeza dá a um homem um zelo grato pelo Deus que ama. Estas são as pessoas que irão ao Congo por Jesus, pois sabem que são dele. Estas são as pessoas que porão tudo por Cristo, pois Cristo é deles. Estas são as pessoas que suportarão escárnio e vergonha e má representação pelo amor da verdade, pois sabem que têm vida eterna. Estes são os que continuarão pregando e ensinando, gastando e trabalhando, pois deles é o reino dos céus, e eles sabem disso. Os homens farão pouco pelo que duvidam, e muito pelo que creem. Se perderam suas escrituras de propriedade, e não sabem se sua casa é sua ou não, não vão gastar muito em reparos e ampliações. Quando sabem que o céu é seu, estão ansiosos para se preparar para ele. Plena certeza encontra combustível para o zelo se alimentar.

Isto também cria e sustenta paciência. Quando sabemos que temos vida eterna, não nos agitamos com as provações desta vida passageira. Poderia apontar para os irmãos aqui esta manhã, e poderia mencionar irmãs em casa, que me espantam por sua resistência à dor e fraqueza. Isto sei sobre eles, que nunca têm uma dúvida sobre seu interesse em Cristo; e por esta causa são capazes de se entregarem àquelas queridas mãos que foram perfuradas por eles. Sabem que são do Senhor, e assim dizem: "Deixe-o fazer o que lhe parecer bom." Uma criança cega estava nos braços de seu pai, e um estranho entrou no quarto, e a levou direto do pai. Ainda assim ela não chorou ou se queixou. Seu pai lhe disse: "Johnny, estás com medo? Não conheces a pessoa que te segurou." "Não, pai," ele disse, "não sei quem é, mas tu sabes." Quando a dor nos dá uma beliscada estranha, e não sabemos se viveremos ou morreremos, quando somos chamados a passar por uma operação perigosa, e passamos à inconsciência, então podemos dizer: "Não sei onde estou, mas meu Pai sabe, e deixo tudo com ele." Certeza nos faz fortes para sofrer.

Isto, queridos amigos, lhes dará firmeza constante em vossa confissão da verdade divina. Vocês que não sabem se estão salvos ou não, espero que o Senhor os impeça de negar a fé; mas aqueles que têm um aperto firme dela, estes são os homens que nunca a abandonarão. Um cavilador num ônibus disse a um homem cristão um dia: "Ora, vocês não têm nada afinal para descansar. Posso provar-lhes que vossas Escrituras não são autênticas." O humilde homem cristão respondeu: "Senhor, não sou um homem instruído, e não posso responder vossas perguntas; mas creio no Senhor Jesus Cristo, e experimentei tal mudança no caráter, e sinto tal alegria e paz através do crer, que gostaria que conhecesse meu Salvador também." A resposta que recebeu foi muito inesperada: o incrédulo disse: "Vocês me pegaram aí; não posso responder isso." Exatamente: nós os pegamos aí. Se sabemos o que foi operado em nós pela graça, eles não podem nos vencer. O homem de plena certeza confunde o próprio diabo. Satanás é astuto o suficiente, mas aqueles que sabem e estão persuadidos, são aves que ele não pode prender nas armadilhas do inferno. Quando sabem que vosso Senhor é capaz de guardar o que lhe entregaram até aquele dia, então são firmes como uma rocha. Deus os faça assim.

Queridos irmãos, este é o tipo de coisa que os capacitará a dar um testemunho eloquente por vosso Senhor. Não serve de nada levantar-se e pregar coisas que podem ou não ser verdadeiras. Sou acusado de ser um dogmatista terrível, e não estou ansioso para me desculpar. Quando um homem não está muito certo de uma coisa, ele se torna muito liberal: qualquer um pode ser liberal com dinheiro que não pode reclamar ser seu. O homem da escola ampla diz: "Não estou certo, e não suponho que estejais certos, pois de fato nada é certo." Esta fundação arenosa vos convém? Prefiro rocha. As coisas que lhes falei desde minha juventude têm sido tais que tentei e provei, e para mim vestem uma certeza absoluta, confirmada por minha experiência pessoal. Tentei estas coisas: elas me salvaram, e não posso duvidá-las. Sou um homem perdido se o evangelho que preguei a vocês não for verdadeiro; e estou contente de aguardar a questão do dia do Juízo. Não prego duvidosamente, pois não vivo duvidosamente. Sei que o que lhes disse é verdadeiro; por que deveria falar como se não estivesse certo? Se querem fazer vosso próprio testemunho contar num dia como este, devem ter algo a dizer de que estão certos; e até que estejam certos sobre isso aconselharia que segurassem vossa língua. Não necessitamos de mais questionamentos; o mercado está superestocado. Não necessitamos mais dúvida, honesta ou desonesta; o ar está escuro com estes negros horríveis.

Irmãos, se sabem que têm vida eterna, estão preparados para viver, e igualmente preparados para morrer. Quão frequentemente fico à cabeceira de nossos membros moribundos! Estou de vez em quando dizendo a mim mesmo: "Certamente encontrarei algum de coração fraco. Certamente depararia com algum filho de Deus que está morrendo no escuro." Mas não me encontrei com nenhum tal. Irmãos, um filho de Deus pode morrer no escuro. Alguém disse ao velho Sr. Dodd, o estranho velho puritano - "Quão triste que nosso irmão deveria ter passado na escuridão! Duvidas de sua segurança?" "Não," disse o velho Sr. Dodd, "não mais que duvido da segurança daquele que disse, quando estava morrendo, 'Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?'" Plena certeza, como dissemos antes, não é da essência da salvação. Ainda assim, rogo-vos que notem isto, que ao longo de todos estes muitos anos, em cada caso, quando fui visitar qualquer de nossos irmãos e nossas irmãs na morte, sempre os encontrei partindo em esperança certa e segura de ver a face de seu Senhor na glória. Frequentemente me maravilhei que isto devesse ser sem exceção, e me glorio nisso. Frequentemente me disseram: "Temos nos alimentado de tão boa comida que bem podemos estar fortes no Senhor." Deus conceda que possam ter esta certeza, todos vocês! Possam pecadores começar a crer em Jesus, e santos crer mais firmemente, pelo amor de Cristo! Amém.

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